O que retiras desta experiência de dois anos na Academia do Têxtil (AcTex)?
Durante estes dois anos na AcTex, aprendi que o mais importante é saber lidar com pessoas e trabalhar em equipa. A dinâmica do trabalho em grupo e a capacidade de comunicação são fundamentais para o sucesso de qualquer projeto. O conhecimento técnico é algo que se vai adquirindo e aprofundando com o tempo, mas é a partilha de experiências e a colaboração que realmente impulsionam o desenvolvimento dos projetos. A nossa força de vontade em dar sempre o nosso melhor é crucial neste processo. A indústria têxtil é muito exigente e apresenta desafios diários, o que exige uma constante adaptação e inovação. Cada dia traz novos problemas a resolver, o que reforça a necessidade de uma boa comunicação e cooperação entre todos os membros da equipa.
Quais as conclusões deste último projeto na Inovafil?
As conclusões deste último projeto na Inovafil sublinham a importância das relações interpessoais. O facto de me relacionar bem com as pessoas foi fundamental, uma vez que a colaboração e a comunicação eficazes entre os membros da equipa determinaram a fluidez e eficiência do trabalho. Lidar com vários departamentos, embora desafiador, foi crucial para atingirmos os objetivos.
De uma forma geral, sentes que os teus projetos foram úteis nas indústrias por onde passaste? Foram implementadas melhorias?
Os projetos são-nos propostos pelas empresas, o que significa que são sempre temas que necessitam de uma análise detalhada e que representam pontos de maior fragilidade da empresa naquele momento. Por isso, acredito que os meus projetos foram sempre úteis para as empresas. Foram implementadas melhorias em todas as empresas por onde passei, mas é importante ter em consideração que isso nem sempre acontece, o que é normal dado que os estágios têm uma duração limitada de apenas seis meses. O mais importante é realizar um levantamento rigoroso das necessidades, analisar detalhadamente toda a área em que estamos inseridos e, se não for possível implementar melhorias durante esse período, pelo menos conseguimos mostrar à empresa quais as áreas de interesse que devem ser consideradas no futuro. E isso acaba sempre por ser uma mais-valia.
Quais os maiores desafios que enfrentaste ao longo dos quatro semestres e como lidaste com eles?
Acho que o maior desafio que enfrentei ao longo dos quatro semestres foi a constante adaptação a novas empresas. Seis meses é o período suficiente para nos adaptarmos ao ambiente e nos afeiçoarmos às pessoas, e depois ter de mudar de empresa e recomeçar todo o processo pode ser bastante assustador, não vou negar. No entanto, essa experiência acabou por pôr à prova a minha capacidade de adaptação e resiliência. A cada nova empresa, aprendi a integrar-me rapidamente, a compreender as dinâmicas específicas e a colaborar eficazmente com as equipas. Além disso, tive a oportunidade de fazer boas amizades! Olhando para trás, embora tenha sido um desafio significativo, foi uma experiência enriquecedora e que valeu imenso a pena.
Sentes que, pelo facto de teres passado por tantas empresas, conseguiste construir uma rede de contactos que te vai ser favorável no futuro?
Sem dúvida que os contactos que fiz são extremamente importantes. A Academia proporcionou-me a oportunidade de conhecer pessoas de diversas áreas, ampliando significativamente a minha rede de contactos. Além disso, deu-me uma visibilidade única junto à alta gestão das empresas e permitiu-me ser mentorada por profissionais de renome no setor, o que enriqueceu profundamente a minha visão da indústria. Estes relacionamentos sólidos não só aumentam as minhas oportunidades de carreira, mas também me proporcionam uma rede de apoio e aconselhamento contínuo, que será uma vantagem significativa na minha trajetória profissional.
Como avalias a tua entrada no mercado de trabalho, tão diferente do tradicional?
Como aluna de engenharia têxtil, que passou quase dois anos em tempo de pandemia, com aulas presenciais limitadas e uma forte ênfase na componente teórica, sinto que estes dois anos na Academia me proporcionaram bases práticas fundamentais de toda a cadeia têxtil. Tive a oportunidade de contactar com tecelagem, tinturaria, confeção e fiação, e aprender diretamente com colaboradores que têm mais de 20 anos de experiência na indústria, o que fez desta uma experiência extremamente enriquecedora, pois são, sem dúvida alguma, os melhores professores que já tive.
Como vês o teu futuro?
Vejo o meu futuro como uma jornada repleta de desafios pessoais, onde pretendo manter uma atitude de contínuo crescimento e adaptação. Não me sinto confortável com o conformismo e acredito que o verdadeiro progresso surge da capacidade de enfrentar novas situações e aprender com elas, e estou particularmente motivada para abraçar novos desafios que possam surgir. Este desejo de aprender e evoluir constantemente será, sem dúvida, uma força orientadora na minha carreira futura, permitindo-me contribuir de forma significativa e inovadora em qualquer contexto em que me encontre.
E o da indústria têxtil?
A indústria têxtil continuará a ser uma das mais desafiantes e dinâmicas para se trabalhar. Contudo, é urgente que o setor se reinvente para se manter relevante e competitivo. A próxima geração de engenheiros têxteis terá um papel crucial nesta transformação, e o sucesso desta tarefa dependerá significativamente da qualidade do desempenho das universidades. Atualmente, há um vasto potencial na indústria que não está a ser plenamente explorado, em grande parte porque os alunos ainda têm pouco contacto com o mercado de trabalho durante o percurso académico. É essencial que o conhecimento prático dos profissionais seja partilhado com os estudantes, pois eles são os que melhor compreendem os desafios diários enfrentados pela indústria.
Com o robusto potencial têxtil de Portugal, não há razão para que o setor não se torne um íman para jovens talentos. Para isso, é necessário melhorar as condições de trabalho, promovendo um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, a incorporação de tecnologias sustentáveis e novas abordagens para a reciclagem têxtil, tanto pré como pós-consumo. Pode não apenas assegurar a relevância contínua do setor, mas também posicionar Portugal como um líder em práticas inovadoras e responsáveis.
Adotar essas medidas é crucial para garantir que a indústria têxtil não apenas se mantenha relevante, mas também se destaque como uma opção empolgante e moderna para o futuro. A colaboração entre todos os stakeholders – desde as universidades até aos profissionais do setor – é essencial para concretizar essa transformação e maximizar o potencial da indústria têxtil.
Consideras que a AcTex é uma boa aposta e que pode beneficiar quem queira ter uma experiência semelhante à tua?
A AcTex é uma ótima escolha para quem quer ganhar uma experiência ampla na indústria têxtil. Dá a oportunidade de trabalhar em diferentes empresas e conhecer várias culturas organizacionais e áreas do setor, que é algo que não se encontra facilmente noutras empresas. É uma experiência única que pode realmente ajudar a impulsionar a carreira e a entender melhor o que acontece no mundo têxtil.
Que conselhos dás aos futuros trainees da Actex?
Para os futuros trainees da AcTex, o meu conselho é que aproveitem ao máximo o tempo nas empresas. Envolvam-se completamente, aprendam com cada experiência e não hesitem em fazer perguntas. Aproveitem o conhecimento dos profissionais, deem o vosso melhor em todas as tarefas e sejam críticos em relação às vossas abordagens e processos. Mantenham sempre a mente aberta para novas ideias e métodos. A flexibilidade e a vontade de aprender serão as vossas melhores aliadas nesta jornada!
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